Já chegou à Procuradora Geral da República o pedido de adiamento da conclusão da investigação a José Sócrates. No documento, os procuradores admitem que ainda estão a tentar arranjar provas de que o ex-primeiro-ministro era primeiro-ministro.
Segundo a legislação portuguesa, é muito difícil fazer-se prova de que um governante governou, sobretudo quando as coisas dão para o torto, que costuma ocorrer sempre.
“Não podemos usar a assinatura em documentos oficiais e muito menos imagens, que são logo destruídas”, esclarecem os procuradores.
Assim, torna-se naturalmente difícil fazer prova de que um ex-primeiro-ministro foi corrompido quando nem se consegue provar que foi primeiro-ministro.
Esta segunda-feira, durante o interrogatório, Sócrates foi confrontado com a suspeita de ter sido primeiro-ministro e respondeu de forma peremptória: “Eu? Os senhores só estão bem a fantasiar. Eu nem gosto de política.”