A mais recente remodelação governamental relançou uma discussão em torno dos filhos que começam a ter ministérios e secretarias de Estado muito cedo. Para o pedopsiquiatra Eduardo Petiz, tal gesto pode condicionar o desenvolvimento dos governantes mais jovens.
“Cada vez mais vemos os filhos agarrados aos ministérios e às secretarias de Estado desde muito cedo, sabendo nós que muitas vezes isso é para os pais poderem estar descansados, agarrados a outro ministério”, explica Petiz.
“Em muitas casas”, continua Petiz, “à hora de jantar ou nos momentos que deviam ser para a família, estão todos agarrados cada um à sua pasta, sem conversar”.
No entanto, há quem não concorde com este pedopsiquiatra. Um progenitor, que não se quis identificar porque teme que façam queixa à Segurança Social, que ele tutela, garante que deu um ministério à filha porque ela mais dia menos dia ia ter um e assim ele pode controlar.
“Mas ficou combinado que chega a uma hora e acaba-se o ministério, não pode ser o dia todo”, garante.