Quinta-feira, Março 28, 2024
Publicidade
InícioSociedadeEditorial: Espírito Santo ficam sem banco, sem empresas e portanto também sem...

Editorial: Espírito Santo ficam sem banco, sem empresas e portanto também sem lambe-botas

15952186_PatWJA crise nos negócios dos Espírito Santo é cada vez mais certa. O banco já era. O grupo já foi. Ainda assim, é legítimo imaginar que não lhes faltará nada, pois os banqueiros têm a protecção do Santo Caimão, que lhes arranja, sempre que há problemas, um mapa com o caminho até um tesouro escondido numa ilha perdida no Pacífico.

Verdade seja dita, rezam as lendas que os tesouros são para os piratas. Ora, não há maior pirata que um banqueiro. Até aqueles que andam no mar, sem mãos, pernas ou uma vista, têm de esperar porque o banqueiro é mais pirata. Tem prioridade.

Acontece que uns poucos de uns milhões a milhas não são tão chiques como ter um banco na Avenida da Liberdade e um grupo de empresas no andar de baixo. Logo, para além do banco e das empresas, os Espíritos vão também ficar sem amigos para lhes lamberem as botas.

Aliás, não sei se repararam que Ricardo Salgado não tem aparecido. Não é medo nem vergonha. É apenas porque tem as botas num estado lastimável. Parece que saiu de um festival de Verão.

Por falar em Verão, vai ser divertido, este. A malta que no Verão passado se oferecia para ficar a segurar o chapéu, caso o tio Ricardo não conseguisse perfurar suficientemente a areia, agora vai escangalhar-se a rir com o Salgado a correr atrás do chapéu. A malta que no Verão passado se deitava no chão para eles não queimarem os pés, agora vai escangalhar-se a rir com os Espírito Santo aos pulinhos até ao bar. A malta que no Verão passado ia buscar os Espírito Santo ao helicóptero, agora vai estacionar em cima deles, para que nem consigam sair, só pelo tecto.

Este Verão, na praia, toda a gente já sabia e fartou-se de avisar que o BES era uma bomba relógio. E se alguém os confrontar com o facto de no Verão passado terem ficado quinze dias a segurar no chapéu do Ricardo Salgado, terem-se atirado para o chão para os Espírito Santo não queimarem os pés e terem levado 50 quilos de carga do helicóptero até à praia, vão dizer que se enganaram, pensavam que era outra pessoa: «Ó filha, enganei-me, pronto, julgava que eram os Queiroz Pereira, sabes que eu confundo as caras.»

Bom, mas há males que vêm por bem. A verdade é que os Espírito Santo vão poder apanhar, finalmente, um pouco de sol. Não vão estar sempre rodeados de parasitas com fios de prata. E podem finalmente brincar aos pobrezinhos em sossego, pois já não vão ter os pobrezinhos a chatear para ir beber uma sangria de espumante.

Apoiar o IF

Tenha a bondade de auxiliar o Imprensa Falsa com o seu auxílio.

Publicidade
Newsletter

Mais Recentes

Publicidade