Quinta-feira, Março 28, 2024
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(Editorial) Por favor, alimentem os animais no zoo

[the_ad id=”10494″] Um visitante quis dar de comer à girafa no jardim zoológico de Lisboa, a bicha caiu no fosso e foi-se. Uma vez que o fosso não deve ter sido construído na última madrugada e conhecendo nós os visitantes do zoo – devem dar de comer aos animais todos os dias – é evidente que a girafa caiu mal. Mas deve cair uma todos os dias. E a verdade é que o fosso deve ter sido construído justamente para as girafas não alcançarem a destemida família Pereira e o seu saco de alcagoitas.

Se o Jardim Zoológico quiser resolver este desrespeito pela regra de não alimentar os animais, só tem de colocar placas a pedir aos visitantes para alimentarem os animais, pois se a placa pedir para se dar de comer aos bichos, ninguém dá. Antes pelo contrário, vão todos reclamar, porque o bilhete é caro e ainda têm de levar a comida.

“Onde é que já se viu!? O bilhete é uma fortuna e ainda somos nós que alimentamos os animais!? Isto é uma vergonha. So neste país. Lá fora não é assim, porque eu já estive no Zoo de Melbourne, que aliás é muito maior do que este e os animais estão muito mais bem tratados e parecem muito mais felizes. Ou então era eu que estava em viagem e também vejo sempre as coisas de outra forma. Mas estavam mais gordinhos, isso estavam.”

Convenhamos que uma placa a pedir para não se alimentar os animais é, nos mais prestigiados manuais de etiqueta lusitanos, um convite a alimentar os animais.

“Espera lá que eu não alimento o animal… O filho do Sr. Vítor, hã!, que caçou leões em África, hã!, não ia alimentar um animal no zoo. Esperem lá que eu não alimento… Têm uma lata. O bilhete é uma fortuna e eu ia daqui sem ser lambido por este dromedário… anda cá, queres uma Pringles? Toma uma Pringles, Areias, toma, que estas têm menos sal… isso, ai Areias, que fico todo arrepiado.”

Também há outra solução para evitar fatalidades deste tipo no zoo, que é abrir os portões. Os terrenos do zoo vão para habitação e os bichos voltam para o seu habitat, onde também se esmerdam – porventura com mais frequência porque aquilo ainda é mais sinuoso – mas nesse caso é a natureza.

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